Polícia Penal Gaúcha já capacitou 400 apenados em cursos de costura criativa

Projeto Envolva-se, uma parceria entre a Polícia Penal e o Serviço Social do Comércio (Sesc) do Rio Grande do Sul

O projeto Envolva-se, uma parceria entre a Polícia Penal e o Serviço Social do Comércio (Sesc) do Rio Grande do Sul, capacitou, no período de sete anos, aproximadamente 400 apenados em cursos de costura criativa e artesanato sustentável. Atualmente, 49 pessoas privadas de liberdade participam do projeto nas penitenciárias estaduais de Porto Alegre, Canoas e Feminina de Guaíba.

O Envolva-se tem como objetivo preparar quem está no sistema penitenciário gaúcho para o mercado de trabalho e possibilitar a geração de renda, além da remição da pena. Também reduz o impacto ambiental, ao utilizar o que seriam resíduos têxteis, descartados na natureza. Nas oficinas, é realizada a criação de produtos artesanais, como bolsas, ecobags e almofadas que possuem um valor social, cultural e econômico e que, principalmente, contribuem com a reintegração social.

“A reinserção social, ou seja, proporcionar meios para que as pessoas privadas de liberdade deixem o sistema prisional melhores do que quando entraram, com capacidade de geração de renda, é um dos nossos objetivos. Isso tem reflexo positivo na sociedade, contribuindo com o aumento da segurança e na diminuição dos índices de reincidência criminal”, afirma o superintendente da Polícia Penal, Mateus Schwartz.

As casas prisionais contempladas com as oficinas são definidas e articuladas pelo Departamento de Tratamento Penal (DTP) em conjunto com a equipe técnica do Envolva-se. Os cursos são oferecidos anualmente, geralmente no segundo semestre.

O Envolva-se

O projeto tem como objetivo capacitar organizações e pessoas com base nos princípios da sustentabilidade. Ele se concentra na moda sustentável, que envolve a criação de estilos e hábitos de produção, assim como o consumo consciente e benéfico para o meio ambiente.

Para a coordenadora do projeto Envolva-se, do Sesc, Michele Corrêa, capacitar pessoas privadas de liberdade é uma forma de promover os direitos dessa parcela da população. “A capacitação tem como objetivo desenvolver técnicas de artesanato sustentável e costura criativa, promovendo os direitos sociais. A parceria com a Polícia Penal, existente há sete anos, já contemplou cerca de 400 pessoas privadas de liberdade, incluindo homens, mulheres e a população LGBTQIA+ nos regimes fechado e semiaberto”, disse a coordenadora.

Para viabilizar o projeto, empresas parceiras do Sesc doam resíduos sólidos que podem ser transformados em matéria-prima para novos produtos. A logística de coleta e distribuição dessas doações é organizada, e são oferecidos cursos e oficinas para ensinar a criação de produtos artesanais. Durante as aulas, os participantes aprendem técnicas de corte, colagem e costura à mão.

Texto: Ascom Polícia Penal

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