Criminosos foram sentenciados por homicídio, tentativas de homicídio e corrupção de menor, em caso que chocou a Capital do Rio Grande do Sul em 2021
Na noite de quinta-feira (12), o Tribunal do Júri de Porto Alegre condenou três integrantes de uma facção criminosa a penas que somam mais de 300 anos de prisão. O trio foi responsabilizado pelo assassinato de um adolescente de 15 anos e por ferir outras cinco pessoas, incluindo duas crianças, durante uma execução ocorrida na Ilha Grande dos Marinheiros, em fevereiro de 2021. As penas individuais variam entre 105 e 110 anos de reclusão, a serem cumpridas em regime fechado.
A execução foi motivada por disputas relacionadas ao tráfico de drogas, mas a vítima fatal não tinha qualquer envolvimento com o crime. No ataque, que aconteceu dentro de uma residência, apenas um dos feridos era o alvo dos criminosos. Entre os sobreviventes estão um menino de quatro anos, que sofreu uma grave lesão na perna, e outra criança atingida por disparos.
Os réus foram condenados por homicídio qualificado, cinco tentativas de homicídio qualificado, associação criminosa, constrangimento ilegal e corrupção de menor, por envolverem um adolescente de 17 anos no crime. O promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim, que atuou na acusação, destacou a brutalidade do caso: “A crueldade desses traficantes ao matarem impiedosamente um jovem sem envolvimento com o crime e ferirem crianças indefesas demonstra a frieza com que agem. A pena é proporcional ao que merecem”.
O julgamento desta quinta-feira é o segundo relacionado ao caso. Em abril deste ano, outros quatro acusados também foram condenados, recebendo penas que variam entre 20 e 113 anos de prisão. Todos já cumpriam pena no sistema prisional.
