Começa nesta terça-feira, 17 de setembro, em Caxias do Sul, o julgamento do homicídio de homem morto com 10 tiros em 2010. Entre os réus, além do próprio policial, estão dois irmãos que o contrataram para vingar a morte do pai
Na próxima terça-feira, 17 de setembro, terá início no Foro de Caxias do Sul o julgamento de seis réus acusados de envolvimento na morte de Sidnei Piovesana, ocorrida em abril de 2010, em Guaporé, na Serra Gaúcha. Entre os acusados estão dois irmãos que, segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), contrataram um policial militar como matador de aluguel para vingar a morte do pai.
O policial militar, que à época do crime estava de licença saúde e hoje se encontra reformado, foi contratado por R$ 10 mil para executar o homicídio qualificado. Ele, sua esposa e outros dois homens que o indicaram para os irmãos compõem o grupo de acusados. Piovesana, então com 43 anos, foi assassinado com 10 tiros em uma via pública do bairro Promorar, em um crime que chocou a cidade pela brutalidade.
O processo, que tramita na Justiça desde 2011, só agora chega ao Tribunal do Júri após um desaforamento para Caxias do Sul. O julgamento deve durar até dois dias, e os réus, que atualmente respondem em liberdade, enfrentarão as acusações de homicídio qualificado por motivo torpe, mediante pagamento e emboscada.
O Ministério Público, representado pelos promotores João Francisco Ckless Filho e Luciane Wingert, espera convencer os jurados da existência de um conluio entre todos os envolvidos para a execução do crime. “Trata-se de um caso complexo, arquitetado durante vários dias, com o fim de promover uma vingança privada. O nosso trabalho vai revelar as minúcias da prova e apresentar aos jurados toda a manobra criminosa”, afirma o promotor João Francisco Ckless Filho.
O julgamento promete ser um dos mais comentados dos últimos anos na região, envolvendo figuras conhecidas da cidade e uma trama de vingança que terminou em tragédia.
